Por que razão as pessoas não se calam nos concertos?

Por que razão as pessoas não se calam nos concertos? Leia a explicação do jornal Guardian
Muitos vão ver espetáculos para desfrutar da música, mas outros vão para ficar na conversa. O jornal britânico diz que quanto mais afastado do palco estiver, mais conversa ouvirá.

O jornal britânico Guardian debate-se esta semana com uma questão: "Por que razão as pessoas não se calam nos concerto?". Na secção "Ask the Indie Professor", o especialista diz ter encontrado uma explicação ao definir padrões de comportamento.

Ir a um concerto é um evento socia.

O jornalista explica que o espaço de uma sala de concertos pode ser dividida em três: a zona um, mais perto do palco, composta normalmente pelos fãs mais jovens e onde é mais difícil movimentarmo-nos; na zona dois, mais recuada, já há mais espaço e a audiência é mais velha; e a zona três, onde se desenrolam as mais diversas atividades e onde normalmente ficam os profissionais da indústria musical e aqueles que não gostam do concerto.

Na zona um é onde se fala menos - é muito raro haver conversa, diz o jornalista do Guardian - e na zona três onde se fala mais. O público da zona um dá mais atenção à banda e aos telefones e câmaras que utiliza para captar imagens do concerto.

Os profissionais da indústria - onde inclui promotores, agentes, assessores de imprensa, executivos, jornalistas e músicos - estabelecem contacto durante os concertos e é onde se discutem cartazes de festivais ou nascem parcerias. Além disso: "a maioria do pessoal da indústria já foi a centenas ou milhares de concertos. Para eles, até os espetáculos das maiores bandas são previsíveis" e "raramente pagam. Vão ver as bandas sem custos pessoais, apenas para potenciais benefícios".

Mas a conversa não varia apenas em termos de espaço, varia também ao longo do espetáculo: "Nem toda a gente gosta da banda ao mesmo nível, nem todos gostam do seu repertório inteiro. O público que mais facilmente se aborrece, prefere ouvir apenas os sucessos. Enquanto aguardam pelas suas canções favoritas, viram-se para formas alternativas de entretenimento. Ou seja, falam, flirtam, mandam mensagens no Twitter, vão buscar uma cerveja ou jogam Angry Birds. Quanto mais calma for a música da banda, mais estes padrões se tornam óbvios".

A grande conclusão do artigo é a seguinte: "Em última instância, conversa em concertos é um pouco como ver alguém a brincar com o seu smartphone. É irritante se não formos nós a fazê-lo".

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